A forma como estão organizados os espaços dos locais públicos de atendimento desrespeitam a privacidade do cidadão. Basta apontar 2 exemplos merecedores da atenção dos responsáveis desses serviços: serviços de saúde e finanças. No primeiro caso, quer tenha uma simples dor de cabeça, doenças sexualmente transmissíveis como a sífilis, a gonorreia, a SIDA ou uma simples constipação, o utilizador dos serviços de saúde é muitas vezes devassado na sua privacidade com uma série de questões pelo colaborador no atendimento, em espaços abertos, sem qualquer privacidade e, sobejas vezes, tendo ao lado outros utentes. Já no caso dos serviços de natureza fiscal, onde o espaço das repartições é exíguo e onde as filas impelem as pessoas a juntarem-se quase umas sobre as outras, o cidadão vê a sua situação exposta publicamente, seja devedor, credor, tenha muito ou tenha pouco. Na maioria dos casos de insucesso das reformas e formação sobre atendimento, o problema surge quando olhamos para o atendimento dito personalizado e sobre este aspecto nada mudou, para evitar falar sobre os números verdes, azuis e amarelos, sobre o leque de informações e à forma como são prestadas, por vezes reduzidas, por vezes em excesso. Melhorar a qualidade dos serviços de atendimento ao público deverá incidir sob a forma como tratamos a pessoa, respeitando-a e ajudando-a nas suas dificuldades e naquilo que veio procurar ao serviço em causa, seja de forma bem orientada ou não.
7/16/2007
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